As soon as...


Aleksandr Petrovsky dizia para a Carrie Bradshaw que assim que ele terminasse a exposição ele daria atenção para ela. Ele usava com frequência a expressão "as soon as". Eu percebi que há 2 anos eu uso AS SOON AS na minha vida, por causa do mestrado.
Não consigo iniciar nada novo enquanto não termino a correção da dissertação. É o último estágio e eu estou protelando há semanas. Não termino a correção e não começo nada.
Eu quero ler meus livros, estudar outros assuntos, começar novas jornadas e está tudo na fila de espera, sem contar o que eu comecei e não terminei.
São mais de 3 livros da Agatha Christie, o "Renato Russo, o filho da revolução", o "Símbolo Perdido" do Dan Brown, o "The Beatles - unseen archives". São os ensaios da banda, as partidas de Project Reality. São os DVDs de vários cursos de cardiologia e dermatologia veterinários, são 2 relatos de caso interessantíssimos que atendi na clínica. São os posts sobre a defesa da dissertação, o curso de Ecodopplercardiograma, os primeiros ecos, e outros assuntos que não foram relatados. E não consigo mensurar a quantidade de livros que eu quero ler e não começo, porque já comecei vários e não pude terminar. E as horas preciosas pesquisando novas músicas, ensaiando no violão, cantando a toa em casa. E as sessões de cinema que não fui por ter que mexer na tese, e acabei em casa vendo Friends por não ter coragem para começar.
É isso, vou apagar o Friends do micro, respeitar o "Time off" do orkut e do MSN, desligar o netbook que eu posso mexer deitada no sofá onde me dá sono... e só volto aqui quando terminar a correção.

I'll continue this article as soon as I finish the Graviola's paper...

Read More

Soulmate


Eu sempre tive a sensação que era rodeada de amigos, apesar deles irem e virem nas fases da minha vida. Galeras legais, risadas sensacionais, encontros fenomenais. Muitas farras, cheias de adjetivos, sem objetivos.
Até que trombei com uma perua.. vaidosa ela, cheia de manias que eu nunca teria. Eu pensava que jamais seria amiga, pouco em comum.
Até que eu entrei na sua casa e comprei as suas brigas, e ela entrou na minha vida, e vestiu minha família. Passamos a cultivar juntas momentos preciosos, e trocar de dia e de noite as conversas, as risadas, os amigos e as lágrimas.
Apesar de pouco a ver começaram a perguntar se não éramos irmãs, enquanto uma andava só, a outra era lembrada sempre.
E o tempo foi passando, e o destino tomando conta de cada vida. Cada uma trilhou as oportunidades que surgiram e ver todos os dias já não era mais opção, passou a ser mais desejo e saudade.
Eu não sei se amigos sempre estão juntos, ou dividem os mesmos interesses e expectativas.
E na verdade, pouco me importa o que amigos fazem, pois ela, essa estrela que ilumina o meu caminho mesmo estando fora de alcance na maioria dos dias, é minha alma gêmea.
Eu tenho pena das pessoas que vivem toda uma linha da vida na palma das suas mãos e não encontram uma estrela para acompanhar.

Read More

Para não brigar com a prima

No último dia 09 de Maio foi aniversário da minha sobrinha perfeita, filha da minha dócil priminha. Essa prima é 10 dias mais velha que eu, crescemos juntas e passamos quase todas as férias uma na casa da outra. Quando nossas mães estavam grávidas da gente, a minha sempre pedia: Ah, eu quero uma filha chata, fresca, que chore a toa, e seja bem vaidosa, metida... Enfim, tudo que ela pediu foi para a minha prima.
Apesar de nos amarmos, sempre brigamos muito, quando crianças. Esse adorável ente querido é a braveza em pessoa. Ela consegue ter as quatro estações do humor em um dia só e é preciso muito cuidado para não irritá-la. Quando éramos crianças, brincávamos de boxe (idéia dela) e eu sempre apanhei. Mas ela teve a quem puxar, meu tio também não é a docilidade em pessoa.
Apesar disse a gente se entende, sempre se entendeu, tanto que quando as férias se aproximavam eu dizia: Mãe, quero ir para Petrolina.
Nessa viagem não foi diferente. Depois de dizer que ia me mandar para o Esquadrão da Moda, fizemos uma boa farra juntas. Após experimentar todos os vestidos que eu levei para usar em um casamento eu recebi a quase aprovação de um só: meu vestidinho vermelho da Iódice.
Ela ia passar o dia no salão e me disse: Você não vai com esse cabelo assim não, né?
Eu pensei: Como assim? Eu vou com esse cabelo 'assim' para todos os lugares, aliás, acho lindo.
- O que há de errado com o meu cabelo?
- Aff Alice, primeiro, se você pinta o cabelo tem que hidratar, e faz uma escova para ele não ficar assim todo 'fubento'!
Você pode perceber a delicadeza em se dar um conselho e todo cuidado para não magoar o ouvinte. Minha resposta foi mais delicada ainda: Vai se f*#%&, prima!
Mas, é claro, eu fiz a tal escova.
Ah, outro detalhe da viagem foi que eu levei 40 reais na intenção de não gastar nada, então eu mesma fiz a escova, e as unhas.
Enquanto eu pintava as unhas de vermelho a neném veio falar: Titia, pinta unha!
Como negar? Tia é para isso mesmo, depois a mãe dela tirava. Quando a mãe chegou, logo viu as unhas vermelhas da menina: Quem pintou sua unha, neném?
Silêncio... graças a Deus a menina esqueceu meu nome.
-Quem foi que pintou, meu amor?
Então ela apontou para mim e disse: Ela!!
Mas ainda ficou a dúvida pois eu estava sentada entre duas outras tias. Foi quando eu perguntei: Quem que pintou, neném?
Ela respondeu: Foi tu!
Eu deveria ter pintado enquanto ela ainda não sabia falar. Resultado: ela não quis tirar o esmalte e no outro dia, no seu aniversário, exibiu as unhas para todo mundo.
Mas voltando para a arrumação do casamento. Na hora de sair, eu coloquei o vestido e perguntei para a prima:
- Tá bom?
- Só tem esse, né? (acredite, isso foi um elogio)
- Sim, prima, só tem esse.
- E sutiã, não vai usar?
- Não precisa, é tomara-que-caia e segura direitinho.
- É, tá bom, tá bonito, mas os peitos vão ficar caídos.
Essa sabe levantar nossa auto-estima.
Ao menos no sapato eu acertei, um sapatinho vermelho de verniz. Algo me diz que devo usá-lo para sempre.
Nós fomos para a festa e lá foi só animação. Conversamos, brincamos, dançamos e eu, de penetra, ainda subi no palco e cantei uma música. Minha prima gritava: Aliceeee, é minha prima, minha primaaa!!
Dizem que família a gente não escolhe mas eu digo que Deus escolheu a melhor família para mim.

Read More

Esquadrão da Moda

Continuando no meu diário de bordo da viagem a Petrolina... eu estava no aeroporto de Salvador, na volta, quando relato os eventos do fim de semana... enjoy:

Ufa!! Achei meu caderninho. Estou em Salvador e não pude registrar a primeira parte da viagem porque o caderninho estava no fundo da mala de mão, escondido debaixo de um quilo de bala 7Belo. Mas antes de falar sobre a viagem de volta, vou falar sobrea a PREGUIÇA.
Quando eu fiz a minha mala para viajar eu tive preguiça, e isso me custou muito. Começou porque eu tive preguiça de procurar uma mala e guardei tudo na mochila com rodinhas minúscula e na malinha de mão. Eu pensei que estaria no lucro, afinal nem precisaria despachar bagagem ou esperar na esteira, bom, isso foi verdade mas, em compensação, eu fui econômica na escolha das roupas pois faltou espaço, consequentemente faltou também:
- Calcinha
- Meia
- Short
- Camiseta
Ainda esqueci: escova de dentes, de cabelo, shampoo e condicionador (o que tive que comprar tudo novo).
Levei 5 vestidos para sair e só saí uma vez. Levei todos os sutiãs com costas tipo 'nadador' e as blusas de alça, isto é, não combina, fica todo de fora. Levei um tênis que está com a sola descolando e não combina com o resto das roupas.
O primeiro comentário que a minha prima super hiper mega power chique fez foi:
- Alice, você quer 10.000 reais para gastar em roupas?
- Opa!! Claro, prima!
 - Ótimo, vou te mandar para o Esquadrão da Moda.

O que 99,9% das mulheres entenderiam como uma ofensa, eu entendi como um novo assunto para o Blog!
Ainda recebi várias dicas para me portar no programa: Alice, você usa umas roupas bem esculhambadas, tipo um meião de futebol (já uso) com um chinelo (uso), sutiã aparecendo (eu uso), um tênis furado (ehehe uso), uma roupa faltando botão (usoooo).
Então eu disse: Meu Deus, prima, o que está errado com minha roupa?
"Primeiro seu tênis está descolando, você tem peito grande, não pode usar blusa assim que aumenta. A alça do sutiã está de fora e essas meias das 'super poderosas'?!"
Em resumo, eu só acertei no short, que era dela emprestado, e nem tanto porqueainda estava grande em mim.
Se eu for mesmo para esse programa pode até ser que eu não tenha conserto, mas.. quem vai ganhar as roupas sou eu mesmo... to de boa.

Read More

Medo de avião - 2

Hoje eu andei de avião de novo. Engraçado como eu gosto de viajar e nem pestanejo na hora de comprar a passagem, mas na hora da viagem o bicho pega. Eu descobri uma coisa, eu consigo relaxar mais quando estou escrevendo, então hoje eu resolvi escrever todos os eventos que me acompanharam nessa viagem...ENJOY:
Minha experiência no vôo da TRIP. A primeira coisa que eu vi no avião foram as hélices, ou seja lá qual for o nome daqueles ventiladores gigantes grudados nas asas. Não era para ter uma turbina ali?
Eu pensei: Meu Deus, isso não é um avião, é um trailer.
É um aviãozinho, pequeno mas confortável. "Senhores passageiros sejam bem vindos ao vôo da TRIP na aeronave ATR72-500..."
A hélice está exatamente do lado da minha janela e eu fico surda quando o piloto da partida. Passei 25 minutos olhando para a hélice para ver se aquilo não ia parar.
Eu prestei bastante atenção às normas de segurança. sempre presto, sempre leio o cartão. Eu estava sentada nas primeiras poltronas e assim que a aeromoça parou de falar ela tirou uma poltrona de dentro da parede, e se sentou, virada para mim, de costas para a porta da cabine do piloto.
A aeromoça fica me encarando e eu já começo a me sentir desconfortável, mulher estranha. O avião decola e para a diversão do piloto ele vai furando as nuvens, parece que ele escolhe passar por elas. Se não enxerga um palmo à frente e o avião sempre treme quando passa naquilo.. por que passar?
PLIN. Apaga a luzinha do cinto de segurança e a feinha finalmente para de me encarar.
"Dentro de instantes iniciaremos o serviço e bordo".. agora eu gostei.
A feinha me trouxe dois pãezinhos e café com açúcar. Até que ela não é mais tão feinha.
Começou a tocar "Oh, it is love" no IPod e eu canto distraída. A feinha volta na minha poltrona e fala:
"Oi"
".. eh .. Oi'
"Pois não senhora?"
"Pois não o que, moça?"
"A senhora me chamou?"
"Não, moça, eu to cantando"
"Ah...." e volta para servir as outras pessoas
O avião é tão pequenininho que a moça me ouviu sussurrar a música e achou que era com ela.
Em menos de 5 minutos e consigo uma proeza inesperada e imprevisível. Derramo meu café na mesinha, na janela e poltrona da frente. "Como??" eu me pergunto.
Apertei o botão e a feinha não aparece. Ela está servindo o lanche numa carreira porque já já ela tem que sentar para pousar. Ela praticamente arremessa os sanduíches para a galera. Dá pra ver o desespero nos seus olhos. Acho que ela não ouviu o meu chamado. Vou começar a cantar para ver se ela aparece.
Finalmente ela vem, diz que não tem nenhum problema e que me trará outro café.
Eu fico esperando, claro que vou ter cuidado redobrado da próxima vez, esses copinhos são perigosos mesmo, até porque se eu derramar o segundo, acabo de melar de café a segunda metade do avião.
Se a mamãe estivesse aqui, certamente estaria escondida dentro do saco de enjôo.
A luz do cinto acende e a feinha termina com seus arremessos e volta, ofegante: "senhora, não terei tempo de servir seu café, desculpe"..
Tudo bem.
Agora, no pouso, é a hora dos sustos.. susto quando abaixa a rodinha, susto quando passa nas nuvens, susto quando aquele avião vai balançando até chegar perto da pista. Eu perguntei para a feinha:
Moça, esse balanço é normal?
"sim sim..." a coitada me respondeu, toda suada. Acho que nunca mais ela serve paezinhos no trecho de Ilhéus-Salvador (40 minutos).
Desce gente, sobe gente. Eu apaguei na poltrona, quando acordei já estávamos no ar de novo.
Do jeito que as coisas ridículas acontecem comigo eu acordei assustada, falando: Ai meu Deus!!!!
O moço que sentou em uma poltrona perto me olhou na hora. Que vergonha. E pra piorar o cara é grandão e bonito. Claro que eu tinha que acordar falando!!!!!!!!
O rapaz toda hora enfiava o dedo no ouvido e balançava como se quisesse alcançar o cérebro. Eu o ofereci um TRIDENT  e ele fez uma cara de "eu sou lindo, não sou pro seu bico" e disse: Não, obrigado!
Eu fiz uma cara de "eu sou educada, não estou te dando bola" e repondi: Por nada.
"Tomara que o ouvido dele exploda.." pensei.
Depois ele começou a fungar como se estivesse tentando coçar o ouvido por dentro...
Eu tive uma lembrança do narrador do Partoba no Mundo Canibal, algo do tipo:
"Tá coçando o ouvidinho, neném? Parece que tem uma abelinha lá dentro, neném? aaaaaaaahauahauaha
F#$% - se"
Eu fui ao banheiro e não é menor que o dos outros aviões não. Arrumei meus cabelos, tirei os brincos (quase 5 horas usando brincos direto... record), fiz duas "maria-chiquinhas" nos cabelos e voltei para a poltrona.
Acabou a bateria do IPod infeliz. Bem na hora do Turn the Page- Metallica.
"Senhoras e senhores, iniciamos o nosso procedimento de descida, a partir desse momento desliguem qualquer aparelho eletrônico"... não precisa nem falar, meu IPod é treinado já.
Na hora de ir embora eu comento com a moça au lado: Meu Deus, como coube esse tanto de gente aqui dentro?
O grandão vem logo atrás de mim. Um rapaz abre o compartimento acima da poltrona e acerta na testa do grandão... tá vendo como é bom ser compacta?
No saguão ninguém me esperava. Liguei para meu tio:
Tio, cadê o senhor?
Ele diz: Ué, você tá onde? em Petrolina?
"Claro tio, eu avisei a Bruno ontem"
ele brinca "Ele não me avisou nada, Alice"
e eu, movida pela calma e educação recebida nos melhores colégio de Londres, solto: "Aquele infeliz imprestável"...
"Calmmma Alice, ele me disse sim, já deve estar chegando".
Eu fico envergonhada... desligo o aparelho e falo baixinho: Tadinho do meu primo, o chamei de imprestável!
A moça ao meu lado diz: e de infeliz.
Eu solto uma gargalhada.
Em menos de cinco minutos ele chega e ela diz: olha, ele veio, o infeliz!!
Que mulher curiosa com a conversa dos outros (ou eu falo alto demais).
No carro Bruno pergunta:
"Como foi o vôo?"
"Ah Bruno, eu não gosto muito de voar..."
Ele diz:
"Pois é Alice, eu não tinha medo não, mas agora, depois de velho, é cada susto que eu tomo dentro do avião.."

Pelo visto não é só comigo.

Read More

Cokada e Padz - Cover Eagles

Mais uma música gravada nessa parceria internauta de Cokada e Padz



Enjoy

Read More

Saudade

Ontem acabou a luz aqui em casa, eu fiquei em perambulando pela casa. A única coisa que ainda funcionava era meu celular. Deu uma saudade da minha mãe, dai eu lembrei que o meu violão também funcionava sem energia.
Volta logo, mãe!!!

Read More

Cokada e Padz

Uma produção musical do Cokada com a participação especial da Padz.
A primeira de uma série.. com vocês...Coisas Esotéricas (Cover)

Imagem usada no vídeo gentilmente cedida pelo próprio autor. Isso mesmo, além de guitarrista, afinador da voz da Padz, selecionador do repertório, ele também é 'guardador' de momentos especiais, ou como é mais conhecido: fotógrafo.
A foto foi tirada em algum lugar em Niterói, em algum dia da semana passada.

Read More
 

©2009Da Menina Alice | by TNB